domingo, novembro 11, 2007

Variações à lenda de São Martinho


ERA UM VEZ A SOLIDARIEDADE...

TSUI
Um dia, um terrível tsunami abalou a Indonésia, deixando milhares de pessoas desalojadas e centenas de mortos. Entre os sobreviventes estava um menino de 9 anos, chamado Tsui, que tinha acabado de perder pai, mãe, irmã, casa, ou seja, tudo.
Em Inglaterra, Martinho, jogador do Arsenal e melhor jogador de futebol do mundo, ficou comovido com a história de Tsui, que foi difundida por todos os órgãos de comunicação, e sentiu um impulso interior, uma vontade enorme de ajudar aquela pobre criança.
Por isso, apanhou o primeiro voo que conseguiu para a Indonésia. Já em terras indonésias, a estrela de futebol entrou em contacto com várias pessoas e acabou por descobrir Tsui numa casa de acolhimento para pessoas desalojadas. Martinho olhou em volta: tinha estampado à sua frente um triste cenário de dezenas de pessoas acabrunhadas, debulhadas em lágrimas, mal tratadas e quase sem roupa no corpo.
Até que, finalmente, reconheceu Tsui entre aquele grupo de pessoas. Ficou minutos em silêncio a olhar a pobre criança. Depois aproximou-se e começaram a conversar. Tsui agarrou-se a Martinho, sentindo-se protegido e nunca mais o largou.
O craque da bola deixou um donativo para ajudar as pessoas que estavam desamparadas naquela casa. Mas sentia uma ligação especial a Tsui, queria mudar e melhorar a sua vida. Levou-o com ele para Inglaterra e adoptou-o legalmente.
A vida de Tsui, realmente, mudou completamente de rumo. Hoje, Tsui é o melhor aluno do colégio e também uma das promessas do futebol internacional, seguindo assim as pisadas de Martinho.
Luís Faria, 8º A

Comentário:
Bem, este “São Martinho” tinha muita pinta! Não consta é que tenha abandonado a sua carreira e ingressado na vida religiosa, como o santo. Também era uma chatice deixar os milhões de euros, as fãs, a boa vida… Compreende-se… Mas o Verão de Novembro em Londres deve ter sido um espanto!


O LIMPA-NEVES
Na cidade da Guarda, trabalhava o senhor Martinho, que era limpa-neves. Trabalhava sobretudo nos meses de Janeiro e Fevereiro, quando nevava muito. Era viúvo e pai de dois filhos. Como trabalhava à noite, tinha a ajuda preciosa da sua vizinha, a D. Anita, para tomar conta dos seus filhos Afonso e Joana.
Martinho conhecia de perto o que era a pobreza, pois vários sem-abrigo arrastavam-se pelas ruas da cidade. Depois de ver ano após ano aquela tristeza, decidiu fazer qualquer coisa por aquelas pessoas.
Não tinha muitas posses, e o pouco que tinha era para alimentar a família e para o essencial. Por isso, foi para as ruas pedir a contribuição das pessoas e conseguiu amealhar 200.000 euros. Comprou um terreno à câmara municipal e mandou construir uma casa equipada para receber os sem-abrigo, conseguindo acabar com o seu sofrimento.
Anos depois, Martinho morreu e a comunidade, como reconhecimento pela sua solidariedade para com os mais desprotegidos, mandou construir uma estátua, toda ela em branco, simbolizando a neve.
José Pedro Silva, 8º A

Comentário:
E aquilo com a D. Anita, hem? Não haveria ali namorico? Ou ele era mesmo santo? Portanto milagre de Verão em pleno Inverno, nada. O homem teve mesmo de continuar a limpar a neve. Que chatice!


MARTINHO – UM HERÓI SEMPRE A POSTOS
Um dia, passeava Martinho pela cidade e, no caminho, encontrou o seu amigo Joaquim. Pararam no passeio a conversar animadamente.
De repente, Martinho avistou ao fundo da rua um menino cego a atravessar a rua e um carro que se aproximava a grande velocidade. Nesse momento, Martinho começou a correr e conseguiu chegar a tempo de apanhar o menino e se atirar para o lado. Ao caírem no chão ficaram os dois com pequenos ferimentos, mas nada de grave.
O menino ficou muito amigo de Martinho e tanto ele como a mãe, a D. Margarida, ficaram-lhe gratos por lhe ter salvo a vida. Ele podia ter morrido. Ninguém queria sequer pensar nisso.
Desde esse dia, Martinho tornou-se um herói para a toda cidade.
Carina Silva, 8º B

Comentário:
Pois, de heróis é que nós precisamos. Mas o miúdo era cego, não era surdo, pois não? Então, não ouvia o carro a aproximar-se?


LENDA DO DESERTO
Um dia, num deserto quente e extenso, em que não havia nada, a não ser cactos e ondas de calor, apareceu um homem todo vestido de branco em cima de um camelo.
Esse homem andava há dias e dias perdido, sentia que já não aguentava mais. Mas, inesperadamente, deparou-se com uma menina despida deitada nas areias quentes do deserto. A menina, com uma voz muito fraca implorou:
– Ajude-me, por favor!
O homem desceu do camelo, tirou a capa que o protegia, embrulhou a menina com ela e levou-a com ele.
Andou, andou e, passado umas longas e penosas horas, encontrou um castelo no meio do deserto. Entrou e lá encontrou comida e água para dar a menina. Ficaram uns dias e a menina começou a recuperar e a ganhar forças.
Certo dia, um senhor com uma coroa na cabeça veio ter com o homem e perguntou-lhe quem era e de onde vinha. O homem contou a sua história e a da menina. O senhor da coroa, muito agitado, contou-lhe que devia ser a sua filha, que tinha fugido há algum tempo do castelo.
O homem, que ficou conhecido como o “anjo branco”, no dia seguinte partiu novamente para o deserto e ninguém mais ouviu falar dele.
Lúcia Conceição, 8º B

Comentário:
O senhor de coroa era… um rei das arábias? Não sei. Mas o misterioso homem de branco agrada-me.


MARTA
Numa aldeia, vivia Marta, uma criança cheia de fome, frio e que tinha uma grande tristeza.
Os seus pais tinham morrido num acidente e a pobre criança ficou sem nada: nem família, nem amigos, nem ninguém que o ajudasse.
No dia em saiu do hospital, ainda arrasada pela morte dos pais, ao regressar a casa, viu que já estava a ser habitada por outras pessoas. Ainda tentou perceber o que se tinha passado, mas escorraçaram-na da casa sem qualquer explicação.
Marta foi andando e chorando pela aldeia, sem saber o que fazer. E assim vagueou durante umas semanas.
Certo dia, Martinho, um homem pobre e quase sem nada que andava à procura de emprego, encontrou aquela miúda por ali a pedir esmola.
Foi ter com ela, ouviu a sua triste história de vida, e levou-a com ele para casa. Apesar de ser pobre, tomou conta dela e não deixou que ela sofresse mais.
Por sorte, Martinho conseguiu arranjar um emprego e viveram os dois felizes para sempre.
Fátima, 8º B

Comentário:
É verdade, também podem ser solidários aqueles que pouco têm. E às vezes até são mais que os ricos. De Verão é que nada! Contam-me histórias de fazer chorar as pedras da calçada, mas um milagre ninguém me arranja…

1 comentário:

Anónimo disse...

esta tudo muito fixe