sexta-feira, dezembro 14, 2007

A minha força de viver

Ontem à noite, no âmbito da Feira do livro da Escola, contámos com a presença de Susana Lima Preira, autora do livro A minha força de viver, numa sessão de apresentação e divulgação do livro, da sua mensagem, do projecto ACREDITAR, com o qual a Susana colabora e para a qual revertem também os lucros da venda dos seus livros.
Na foto vemos Paula Cruz (professora do Agrupamento de Escolas do Cerco, onde a Susana frequenta o 12º ano), à direita, apresentando o livro e a autora; a mãe da Susana, à esquerda, que tão emocionadamente nos falou da experiência que viveu como mãe de uma criança ameaçada pela leucemia e, consequentemente, pelo fantasma demasiado próximo da morte; e, ao centro, a Susana abrindo o sorriso que regressou ao seu jovem e bonito rosto, que transmite essa força e alegria de viver que deseja incutir noutros jovens que passam neste momento pela mesma situação dramática.
Este testemunho tão pessoal e, apesar disso, generosamente transmissível tocou e comoveu toda a assistência, que, no final, não quis deixar de manifestar individualmente a admiração pela sua "força de viver" e, claro, pedir um autógrafo.


Mas, antes da sessão de autógrafos com a Susana, houve ainda tempo para a apresentação do livro Catálogo de Venenos, da Deriva Editores, traduzido por Paula Cruz do galego para o português. Paula Cruz, além de professora (sempre envolvida em múltiplos projectos escolares), é colaboradora regular do suplemento “Das Artes e das Letras” (d’ O Primeiro de Janeiro), desenvolve uma tese de doutoramento em Adília Lopes e, agora, inicia-se na tradução com este livro de Marilar Aleixandre.
A tradutora realçou a ponte que se podia estabelecer com o livro da Susana, uma vez que ambos resultam de experiências-limite, no limiar da morte e da vida. No caso de Catálogo de Venenos, o trabalho poético parte da vivência pessoal do regresso a casa para acompanhar a mãe, vítima de cancro, no seu percurso até à morte. Daí nasce um confronto com o tempo das memórias, a redefinição da imagem e do papel da mãe na sua vida e também uma busca da sua própria identidade. O texto da contracapa remete-nos precisamente para essa ambivalência entre a tensão e a emoção:

“Catálogo de Venenos é um acto de amor e um ajustamento de contas. Uma filha interroga-se sobre a mãe-madrasta, sobre uma relação na que se cruzam amor e ódio, dependência e identificação: “não sabia que foste tu quem me educou/contra ti mesma”. Venenos íntimos, herdados ou escolhidos. Venenos que fendem a língua, pois caminhar sobre o gume da língua é tão perigoso como andar pelo gume dos cutelos. Rebelião que é possível ao levar por baixo das unhas restos da terra ou da tinta da mãe. Quem é a que escreve? A mãe fazendo-o em nome da filha? Talvez a outra, a que usurpa nomes e imagens, a ladra de línguas.”
O Departamento Curricular de Línguas, que organizou o evento, o Conselho Executivo e toda a comunidade educativa do Agrupamento de Escolas de Cerva agradecem a disponibilidade e simpatia da Susana Lima Pereira, da mãe, e de Paula Cruz.

1 comentário:

Anónimo disse...

ola!!!!!
Eu quero dizer que adorei ler o livro que você publicou porque conta uma historia muito intressante e tambem é para dar algum apoio as pessoas para lhe dar força.
continue assim!!!!!!!
Admirei muito a força da autora!!!!!

assinado: Catia Ferreira 8ºB
Ana Tresa 8ºB