quarta-feira, fevereiro 04, 2009

As etiquetas possíveis

Manuel Alvess, Etiquettes (1972)
Os alunos do 9º A ainda empreenderam a errância, mas ao que parece deram num beco sem saída. E sem sardinheiras. Pelo que ficam aqui algumas etiquetas possíveis para orientar a leitura. Começo pelo Beco para chegar à abertura de um livro Errante.
llllllllllllllllllllll
Pistas de leitura para o livro Casos do Beco das Sardinheiras
- O título como configurador de uma certa portugalidade.
- Pitoresco do espaço (personagens e elementos simbólicos de uma vivência típica/popular, assim como a linguagem que a delimita).
- Ambiguidade entre uma perspectiva crítica sobre a paisagem social e uma afectiva empatia pelas personagens e pelo seu mundo.
- O autor como cronista de um bairro, de um quotidiano (e os seus casos), de uma forma de vida.
- Traços de uma escrita irónica, humorística.
- Narrador que assume a sua função como exercício lúdico, jogando com a relação irónica entre criador (autor/narrador) e criaturas (personagens).
- Narrativa contaminada pela estranheza, pelo fantástico.
- Comparação do Portugal mítico e heróico convocado n’ Os Lusíadas com o confinamento do Beco das Sardinheiras.
lllllllll
Pistas de leitura para o Livro do Português Errante
- Errância pela própria circunstância biográfica do autor/poeta.
- Escrita como errância pela língua, como busca do poeta para conquistar o poema, para trazer à “luz” da escrita o sentido.
- Errância pela literatura (Homero, Camões, Sophia, Cavafy, Shakespeare…).
- Errância por sentimentos / emoções (evocações interiores)
- Errância como reflexão sobre o mundo (evocações exteriores).
- Comparação entre a exaltação de um povo e de um país n’ Os Lusíadas com a manifesta decepção do sujeito poético pelo rumo que Portugal e os portugueses tomaram.
llllllllll

Sem comentários: