quarta-feira, março 11, 2009

Amores (im)possíveis?

Helena Almeida

O mundo e o país estão cada vez mais modernizados, diz-se, quando se fala em amores contrariados, porque as pessoas são mais liberais, contudo existe quem pense o contrário, talvez por estar a vivê-lo.
É verdade que, em muitos lugares, nem existem amores contrariados, já que os familiares dão liberdade total aos filhos para namorarem e casarem. Por outro lado, há outros casos que não são assim, principalmente no que diz respeito às raparigas, que não têm liberdade para namorar porque têm pais antiquados, que protegem demasiado as "suas meninas", pensando que as podem defender da vida. Já com os rapazes é o contrário, a expressão "Ele é homem" exprime a diferença face às raparigas. Ainda existe muita desigualdade e discriminação da parte dos pais relativamente aos filhos.
Tudo é uma questão de mentalidade. E muitos dos amores que são contrariados actualmente ainda o são pelas mesmas razões de antigamente: conflitos entre famílias ou a diferença de classe social. Colocam-se também outros problemas: o nível etário diferente; os contrastes económicos...
Todos sabemos que, em algumas culturas, nomeadamente a muçulmana, os amores também são contrariados por tradições rígidas e severas, que limitam totalmente a liberdade de escolha das raparigas. Em algumas regiões, crianças com apenas 4 anos já têm um par escolhido pela família. Se mais tarde se revoltar contra a decisão da família podem ser castigadas com um apedrejamento. Caso em que os amores, além de contrariados, são trágicos.
Pode-se, pois, dizer que na actualidade há um pouco de tudo. Vemos que em muitas sociedades continuam a não ter respeito pelas escolhas de cada um. O mundo pode evoluir mas sempre vão existir destes amores - contrariados - porque muitos destes preconceitos se mantêm ao longo dos tempos. Pobre e sofrido daquele que é contrariado por se limitar a Amar.
Carina, Márcia, Cristina, Ricardo

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